sábado, 30 de outubro de 2010

Pressuposto: Viver feliz - Renato Schorr

Cabanha Trovador - Sant'Ana do Livramento

           


A vida é algo preciosíssimo! Viver é melhor ainda, basta saber a ciência do viver e deixar viver! Pudera! Tantas as maravilhas presentes no cotidiano contraponteando tanta tristeza. Logo, o espírito do vivente triste está desvirtuado dos pressupostos saudáveis! 

 Sóis, luas e botões de flores a desabrochar! Canduras, estrelas vaidosas, aves multicor, saudades incontidas, carinhos na lembrança. Queres mais? Sim, há muito, muitíssimo mais: tua gente, teu rincão, tua meninice, teus sonhos, tua escolinha, teu peticinho, teu primeiro amor, tua paixão, tuas preces sublimes, teu primeiro bailado, tua árvore preferida! Viste qual universo à “desbravar” a fim de estar radiante.

Havia poucos dias alguém me confidenciava que um amigo está distante, noutro extremo do planeta e ao se reencontraremos via internet viveram momentos extremamente felizes! Algo fantástico! Fiquei silente. Pensativo. Deve estar louca! Doida! Dei rédeas à imaginação. Surpreso! Surpresíssimo!! Ela tinha razão: a felicidade é possível mesmo a distância. O êxtase é supremo. E tem mais, o correspondente nem precisa concordar, você divide!

A felicidade existe, é real e ninguém consegue impedi-la no semelhante. Se na sala o ambiente é sisudo, vá ao banho, à sombra do umbuzeiro, busque-a no sorriso da lua. Ninguém absolutamente ninguém conseguirá derrotar teu otimismo, tua meiguice, a robustez dos teus sonhos!

O pingo amigo, o cão companheiro, o pássaro cantor, a beleza das flores podem complementar os pruridos da felicidade, mas ela, ela se constrói na mente da gente e se espraia ao mundo! Tua face elege as prioridades do coração e a alma voeja onde for necessário para romancear as “preces” que somente ela sabe onde está, ninguém, sim, ninguém deterá a profundidade do teu êxtase, por mais distante que esteja para alçá-la ou mais próximo de outrem ao tentar inviabiliza-la!


Há coisas sublimes que muitos olhos não vêem
Página desbotada tem essência romântica
Rancho humilde tem frinchas de felicidade
Raios da lua trazem a candura da prenda amada.

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