domingo, 14 de novembro de 2010

Uma história nos mistérios do Pampa












Cavalguei, cavalguei lonjuras!

Num pampa que se esbaldando em dimensões, e para melhor compreensão, era o próprio horizonte! Montando o meu flete de “guerra”, desses que não se entregam assim no más. Enquanto, me distanciava da partida, dava impressão que a vastidão não diminuía, ao contrário, avançava. Lá na amplidão, aonde o infinito vem beber água nas sangas.

            Que mistérios são esses?! Mistérios de distâncias, de ânsias. Mistérios luzes, de bichos, aves e gramíneas? De almas sedentas? Mistério dos tempos?






 
            No encontro da idéia palmilham resposta de rumores de silêncio. Pradarias de solidão! Púlpitos negros apunhalando a história. O tilintar de adagas em entreveros de valentes. Homens do tempo, eretos, plantados feito estátua na vastidão. Cavalgadas nas sesmarias, sob o baeta vermelha.

            Nos campos dos paradoxos se oferecem os mistérios de vidas! Da própria vida! Da essência. Da existência. Véus esbranquiçados de esperanças! Encontro de espécies. Ajustes de convivências. Louvores! Um palco gigantesco para realização de sonhos. Espaço inimaginável para o florescer.
Sinônimo de liberdade! Paraíso incontrolável da reprodução. Pátria de gaúchos. Estância sulina. Minha Pátria gaúcha!

            As riquezas em espécies de fauna contemplam quase quatro centenas de aves e próximo a uma centena de mamíferos, enquanto a flora apresenta uma variação de aproximadamente quatrocentas variedades de plantas gramíneas, sobre as quais pastoreia o maior rebanho do Mundo, porém.

Mas e os mistérios que envolvem o pampa?!

Desvenda-los se constitui em missão difícil, estaria na: A alma dos nativos que tombaram mas não morreram! No sangue dos bravos farroupilhas que se fez vertente para irrigar o capim, e faz luzir os rebanhos sob o sol, enquanto a “selva de guampas” joga luzes aos olhos dos visitantes. Estaria nas gotas de orvalho agarradas no aramado?  

Os candeeiros acende-apaga dos vagalumes feito faróis, traduzem o misticismo da esperança de sentimentos fraternos, nos gorjeios da voz dos homens. Os banhos da lua nas aguadas pampeanas traduzindo nostalgia romântica, incitando as estrelas a desvendar os mistérios do pampa.

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