terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Si contra si



Muitas vezes, haverão imagens que dominarão a razão e motivarão a ira dos mares interiores. Entrará em vigor, feito uma taipa protetora, a espiritualidade.
Deverá ser lúcido o ser encarnado, o desafio é uma luta intima, contra os erros que se transformarão em ensinamentos, se a mente estiver revestida de bem querer.
Acalme-se guerreiro, essa guerra não sangra, pois o sangue da alma é branco, e une todos os seres, inclusive no alivio das guerras de si contra si.

Lucidez... te ame, te acalme, te aceite... e – definitivamente - te queira bem... nós te queremos, nós que aqui, depois de cruzadas evoluções, caminhadas pelo umbral do desconforto, clareamos os passos, por identificarmos na encruzilhada do erro, o acerto.

Escreveremos por tua mão, falaremos pela tua boca e cantaremos pela tua alma vocal.
Estenda a mão ao mais longínquo ou próximo... e quando sanarem as dores, compreenderás o real poder das palavras: irmão, amor e espírito.
Há um poema livre no pranto lírico da fauna, um aroma hipnótico que nos oferta a reconstrução do corpo, totalmente gratuito na flora da vida.

Guerreiro... respire, esse ar é teu canto que inundará os lares, que reforçará o abraço familiar... e que revitalizará o apego a terra, tão necessário para a vindoura luta de defesa dela.
É na guerra intima que sabemos bem quem são os vencedores e os vencidos, que na mais pura das realidades não existem, por que no fundo de nossos seres somos nós que criamos guerras e mares a separarem nossas emoções e reflexões.


A vida se reflete na água pura da sanga, não no sangue de nossas lágrimas ou nas mais profundas lamentações de almas ainda inquietas à procura do maior de todos os tesouros, nós mesmos.

Por isso, guerreiros e guerreiras, somos andantes de uma jornada que não tem fim, por que aprendemos a cada instante o quanto o viver é belo e nos transforma, nos lapida, nos faz mais humanos e mais amantes de um mundo repleto de flores, com espinhos, é claro, por que eles servem para que ao chegarmos ao verdadeiro aroma das flores, valorizemos cada sentir, cada toque da mais rara de todas as flores.

De a cavalo e sempre, assim, vivem os guerreiros e guerreiras, guiados e vigiados, pelos grandes do mundo maior, dos cantadores dos sonhos, dos tocadores da realidade, dos verdadeiros que sabem o valor da vida e do bem viver. 





Lisandro Amaral Brião e Ana Claudia Luz Feltrim









Em 24 de novembro de 2010

2 comentários: