terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um pedaço de pampa prá morar








Um pago  forjado a ferro e fogo
Riscado por adagas
As fronteiras ainda demarcadas
Nos aramados do tempo e do espaço



São vozes de clarins em alvorada
São campeiros urbanos clamando
Nos bretes dos guetos imaginando
Tropas que talvez, nem povoem mais campos
Esporas ilusórias, mas ainda firmes
A saudade pigarroneando prantos


As emoções são vertentes remoçadas
Saúdo a infância das geadas grandes
Os quero-quero fazendo seus alardes
Ora sou guri a suplicar
Um pedaço do pampa pra morar
Um rancho humilde dividido em partes!


Uma reflexão de Renato Schorr, neste início de semana, agitada por fora ou, como para muitos agitada por dentro. 

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