Tendo a oportunidade de conhecer vários países europeus e a Republica Dominicana, na America Central, pude observar que em todos os lugares a preservação da cultura local é realizada de forma natural entre as pessoas e é expressa no modo de agir, no vestir, pela culinária, pelas manifestações artísticas, tais como a dança, a música e o artesanato.
Mesmo as cidades que abrigam um grande número de estrangeiros, matem a tradição local, traduzida pelos hábitos, usos e costumes, o que é facilmente perceptível pelos visitantes.
Se pararmos para fazer uma avaliação de como a cultura brasileira é tratada, percebemos que a influência de culturas exteriores somadas às modernidades e às invencionices, alteram a cultura local de algumas cidades e estados brasileiros.
No Estado do Rio grande do Sul, a cultura local se matem e é possível afirmar que muito dessa preservação se deve aos tradicionalistas gaúchos que defendem a da cultura gaúcha, tão rica e tão diversificada, resultado da miscigenação de raças.
No entanto, mesmo no Rio Grande do Sul, são perceptíveis os avanços tecnológicos e a presença de aspectos da modernidade, influenciando diretamente os indivíduos provocando mudanças nos hábitos e no comportamento das pessoas. Como dizia Barbosa Lessa, são as alternativas interferindo no núcleo cultural.
E exatamente nessa mudança que o tradicionalista, preservador da cultura gaucha, entra em ação. Não para impedir as inovações que acompanham a modernidade, mas para impedir que os avanços tecnológicos deturpem a essência daquilo que é tradicional. É possível preservar a cultura local expressa pelos usos, costumes, música, literatura, linguajar, dança, etc., assim como os valores, a ética e a moral, mesmo que utilizemos e nos apropriemos de tudo o que a modernidade nos coloca à disposição, basta que se tenha claro o que representa o patrimônio tradicional ou, o núcleo cultural, transmitido de geração para geração. a preservação da identidade regional depende fundamentalmente dessa compreensão.
Odila Paese Savaris
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