quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Guilmerme Schultz Filho por Renato Schorr








Guilherme Schultz Filho, foi advogado, poeta, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, da Estância da Poesia, diretor do Diário Popular, Presidente do MTG, deixou obras valiosíssimas, feito: Antologia da Estância da Poesia Crioula - 1970, Osório, o legendário - 1970, biografia, Gesta de um clarim - 1975, poesia crioula, Rodeio das águas- 1976, poesia crioula, Galponeiras - 1980, poesia crioula , Símbolos crioulos - poesia crioula


Em cada ronda da vida
eu tive um pingo de lei.
Montado, sou como um rei,
pelo garbo e o entono.
Cavalo pra mim é um trono:
e neste trono me criei.

De piazito já encilhava
um peticinho faceiro,
que era cria de um overo
e de uma egüinha bragada:
era da cor da alvorada
o meu petiço luzeiro!


O meu cavalo de guerra
chamava-se "Liberdade"!
Chomico! Ouanta saudade
me alvorota o coração!
Era um mouro fanfarrão,
crioulo da própria marca
e eu ia como um monarca
na testa de um esquadrão.

Em uma carga das feias
(como aquela do Seival)
o mesmo que um temporal
rolamos por um lançante
e até o próprio comandante
ficou olhando o meu bagual.

Homem feito e responsável,
o meu flete era um tostado,
tranco macio, bem domado,
(êta pingo macanudo!
desses que "servem pra tudo",
segundo um velho ditado.

Mui amestrado na lida,
um andar de contra-dança;
de freio, era uma balança,
campeiro, solto de patas...
Gaúcho, mas sem bravatas,
e o batizei de "Confiança"

O cavalo que encilho
nesta quadra da existência,
dei-lhe o nome de "Experiëncia".
É um picaço de bom trote
e levando por diante o lote
rumbeio à Eterna Querência.

E, assim, vou descambando,
ao tranco e sem escarcéu,
sempre tapeado o chapéu
por orgulho de gaúcho,
e se Deus me permite o luxo
entro a cavalo no céu!






Quantos de nós ainda precisa ser  amestrado na vida. Vamos refletir, neste momento em que entramos   em mais um mês em que a terra respira Natal. Quem sabe vamos sorrir mais, contemplar mais a natrureza e as belezas de amigos que Deus coloca em nossas vidas. 

Pensemos!

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