Guilherme Schultz Filho, foi advogado, poeta, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, da Estância da Poesia, diretor do Diário Popular, Presidente do MTG, deixou obras valiosíssimas, feito: Antologia da Estância da Poesia Crioula - 1970, Osório, o legendário - 1970, biografia, Gesta de um clarim - 1975, poesia crioula, Rodeio das águas- 1976, poesia crioula, Galponeiras - 1980, poesia crioula , Símbolos crioulos - poesia crioula
Em cada ronda da vida eu tive um pingo de lei. Montado, sou como um rei, pelo garbo e o entono. Cavalo pra mim é um trono: e neste trono me criei. De piazito já encilhava um peticinho faceiro, que era cria de um overo e de uma egüinha bragada: era da cor da alvorada o meu petiço luzeiro! O meu cavalo de guerra chamava-se "Liberdade"! Chomico! Ouanta saudade me alvorota o coração! Era um mouro fanfarrão, crioulo da própria marca e eu ia como um monarca na testa de um esquadrão. Em uma carga das feias (como aquela do Seival) o mesmo que um temporal rolamos por um lançante e até o próprio comandante ficou olhando o meu bagual. Homem feito e responsável, o meu flete era um tostado, tranco macio, bem domado, (êta pingo macanudo! desses que "servem pra tudo", segundo um velho ditado. Mui amestrado na lida, um andar de contra-dança; de freio, era uma balança, campeiro, solto de patas... Gaúcho, mas sem bravatas, e o batizei de "Confiança" O cavalo que encilho nesta quadra da existência, dei-lhe o nome de "Experiëncia". É um picaço de bom trote e levando por diante o lote rumbeio à Eterna Querência. E, assim, vou descambando, ao tranco e sem escarcéu, sempre tapeado o chapéu por orgulho de gaúcho, e se Deus me permite o luxo entro a cavalo no céu! |
Quantos de nós ainda precisa ser amestrado na vida. Vamos refletir, neste momento em que entramos em mais um mês em que a terra respira Natal. Quem sabe vamos sorrir mais, contemplar mais a natrureza e as belezas de amigos que Deus coloca em nossas vidas.
Pensemos!
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