sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A intuição que faz aprender a AMAR





Se nos detivermos na linha da história da humanidade, perceberemos que a mulher passa a ser percebida a partir da revolução industrial, na segunda metade do século XIX
Antes deste período, cabia a ela ser reconhecida apenas como procriadora e dona de casa, onde cuidava dos afazeres domésticos e da criação dos filhos.

No Rio Grande do Sul, as mulheres marcaram suas épocas especialmente no tempo das revoluções, assumiam toda a administração da família, sempre na espera pela volta de seus maridos, alimentadas e movidas pela esperança de que nada lhes acontecesse e que assim pudessem retornar salvos para suas casas e para o convívio familiar.

Algumas delas marcaram a historia por seus feitos bravios, lutando e peleando junto aos campos de batalha, no entanto pouco ou nada se comenta das também heroínas que também lutavam, não nos campos de batalha,como as heroínas citadas nos livros de história, mas sim na batalha da sobrevivência e na dificuldade que a ocasião e a época lhes impunham.

O Movimento Tradicionalista Gaúcho, nos seus primórdios também teve seu inicio com os homens na linha de frente, conforme os relatos de seus pioneiros.
Somente alguns tempos depois que as mulheres começaram a fazer parte do grupo que até então era restritamente masculino. No entanto, faziam partes apenas como dançarinas e participantes, e não ocupando cargos de decisão, ficando com os homens este encargo.
Nos dias de fandango, a elas cabia-lhes a tarefa de cozinhar, organizar e limpar o CTG. Nem a tarefa de receber os convidados não lhes cabia, pois estavam na cozinha, e não poucas vezes nem apareciam no salão.

Pela sua sensibilidade, organização e conhecimento adquirido pela experiência, as mulheres tradicionalistas começaram a sair das cozinhas para então desenvolverem atividades administrativas de liderança junto aos homens.

Surgiram, inicialmente como coordenadoras de invernadas, fazendo parte da patronagem dentro dos CTGs, e em seguida como Patrão, Coordenadoras Regionais e hoje também ao lado dos homens desempenhando funções que requerem conhecimento e são formadoras de opiniões para tomadas de decisões no que se refere ao rumo do Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Atualmente, é notada a presença das mulheres em destaque em todas as instancias tradicionalistas, tomando frente nas lideranças das entidades, coordenadorias regionais, a nível estadual e também nacional.

Vislumbramos as mulheres ao lado dos homens em cavalgadas, levando a mensagem do tradicionalismo gaúcho e de vida pelos rincões por onde passam.

Evidentemente que esta conquista não veio ao acaso. Veio pelo carisma, pelo conhecimento e pela capacidade de evolver e de se envolver pela causa tradicionalista e defesa que algo que vai além do mundo que vivemos. INTUIÇÃO!

Hoje, somos um grande grupo de mulheres que lutamos, não nos campos de batalha como outrora, mas somos mulheres que também batalham, quer seja nos fundões de campo, dividindo o nosso tempo com a família e o trabalho.

Somos mulheres de fato, que ajudamos a construir a história, que fizemos a diferença nos tempos atuais.
Por isso, somos mulheres que buscamos algo há mais do que um simples sorriso, buscamos verdades nos olhares, nos caminhos e alma. Acreditamos que somos, todos, homens e mulheres, humanos em busca permanente do maior de todos os aprendizados.
 AMAR!!!!

*Odla Paese Savaris e Ana Claudia Luz Feltrim

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