Nosso desejo de um Feliz Renascimento de Cristo, nesta Páscoa, se dá através de alguns versos do Tropeiro dos Sonhos, Aloysio Rôa. Ele chega trazido pelos sentimentos de seu neto Alexandre Rôa, que a partir de agora está nesta invernada, no eterno aparte da essência.
Por Alexandre Rôa
Meu Poncho Pala Crioulo
Poema Para Meus Filhos
Meu poncho-pala de seda!
Rememorando tua história
Me lembras os dias de glória
Desta raça em extinção.
Na tua triste sina
Me passa de relancina
O passado do Rincão
Fui Gaudério e altaneiro,
Fui camperaço e patrão.
Domei muito redomão
Por debaixo do teu pano.
Já parei muito Rodeio
Levei tropa em Charqueada;
Pro brete do desengano
Meu Poncho-pala crioulo!
Ouvi teu grito chamando
Nas quebradas da querência
Enfrenei o meu flete de novo.
Quebrei o sombreiro na testa,
Botei sentido e tenência
Em tudo o que me dizias:
Sorvi o vento do pago,
Peguei o freio nos dentes,
Saí como índio vago...
Voltei para a minha querência!
A escolha desta linda família para desejarmos a todos Feliz Páscoa se dá exatamente pela beleza singular nos versos, na história deste eterno jovem Aloysio – um dos fundadores do 35 CTG – pioneiro no tradicionalismo, no orgulho que Alexandre demonstra em cada palavra, exercitando o maior de todos os ensinamentos, junto de sua família, o amor.
Eles abrem o peito, vindos de Curitiba e passam a inundar nossos corações com suas histórias, versos e acima de tudo exemplo.
De Pingo Alçado No Freio, através destes exemplos que passam a ser contados, deseja a todos FELIZES DIAS, VIDAS, CAMINHOS, PÁSCOA...
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