sexta-feira, 8 de abril de 2011

Santo Cristo por Lisandro Amaral









Durante o percurso vital da humanidade, muitas manifestações deixaram vestígios nos movimentos de busca da cura corporal. Várias doenças surgiram, deixaram estatísticas e, entre elas, muitas foram extintas por intervenções das ciências desenvolvidas pelo homem, e muitas surgiram, surgem e seguirão surgindo pelo nosso percurso carnal.
Vários nomes, usando também os três tempos, determinam a história da medicina: suas glórias, mistérios e derrotas.
Pergunto aos leitores desse espaço: quem de nós procura  - realmente - conhecimento e ajuda para a cura ou prevenção das doenças do espírito? Estas, que não nos abandonam sem o devido cuidado, ou, definição de consciência da manifestação sintomática. Quantos de nós, infectados pelo vírus do mal, contagiam o meio onde vive, de angustias e indagações que se manifestam nas atitudes de egoísmo que jorramos descontroladamente e diariamente sem a percepção devida.
E o ódio? Notado nos passos que nos faz indiferentes a fraternidade que mora no ser limpo e devidamente espiritualizado.
Após andar bebendo algumas gotas no açude grande da doutrina, reescrevo minha história de homem que engatinha neste plano. Indagações surgem e respostas se mostram nas evidências do dia-a-dia. Porém, aceitar mudanças e principalmente mudar, é, comparando às dores do corpo, a grande dificuldade nesta perpétua doença da alma.
O amigo e o parente que parte, o casamento que sucumbe nas indiferenças e, insatisfeito, tomba... o negócio que sonhamos ser o mais importante para firmar a corrente financeira, aliada a felicidade, que não se concretiza. Causando a velha indagação: por que senhor?
Neste momento o recurso que defino como base espiritual entra em cena, a velha calma da sabedoria que fala mais alto, e nos coloca frente aos problemas, com a postura adequada de aceitação, ou reação.
Temos todos, os devidos amuletos, que devem ser usados em situações apropriadas. Aquela oração que a avó deixou; a música que nos santifica ou, um lugar que nos passa a paz devida no toque abençoado da natureza...
Tenho aromas que identificam o antídoto da coragem de renascer em novos passos: o cheiro dos meus filhos, engarrafado num abraço, onde sugo – positivamente – o que eles têm de mais e melhor...  o cheiro forte e encorajador, dos meus cavalos, em especial aquele que monto no determinado dia, como um escolhido, para com seu vigor arremessar-se comigo – guerreiro e templo caminhante –
Aromas de incentivos para meu amanhã e guardiões do hoje!

As enfermidades do espírito estão muito além da visão física, em muitas vezes, entram em evidência nas manifestações do ser despreparado. Chegar a esta auto-conclusão é o mais difícil. Retirar-se, não é o mesmo que fugir... dar-se um tempo de reflexão solitária... não é o mesmo que abandonar o "bando".
Lisandro Amaral - 19 de março de 2011

2 comentários:

  1. BHA MAS QUE LINDO LISANRO, PARABENS NÃO É DE NADA QUE TU É UM DOS MAIS IMPORTANTES POETAS , UM ABRAÇO

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  2. Lisandro:
    teus olhos vêem sobre o lombo largo do horizonte
    os confins de outra querência, algo totalmente invisível para outros tantos.
    Firme-se nos arreios dessa "sina", que a humanidade precisa disso.

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