terça-feira, 10 de maio de 2011

Sempre há o que aprender...

De a cavalo ou não a tropeada da vida é grandiosa. Astor Piazzolla fruto de magia, essência e grandes reencontros, nos fazendo perceber o quão precioso é viver. São volteadas pelo imenso caminho, rumo ao por do sol que chega pela janela, como faísca do fogo ardente da minha terra.

De fato para ser gaúcho não importa se nascemos no Rio Grande ou não, mas o que carregamos de valores que nos levam até as pradarias, o pampa, a serra ou o litoral. Piazzolla faz o fundo musical.

Contudo, concede espaço para o clássico “Por Una Cabeza”. Longa e profunda tropeada, daquelas que sonhos chegam e vão com a velocidade da luz, pois o tempo lá fora passa e cá dentro tem-se a nítida sensação de que ele para, ou então, segue lento como a antiga e bela ampulheta. Cartas são escritas com canetas de pena, retiradas quem sabe, do fundo da alma.
Logo, a milonga “El Loco” dança a vida, dança os seus encantos e belezas, enfim, dança o pampa e sua magia, quer seja através dos cavalos ou tropeiros, que marcam o andejar de um povo, de uma gente, que vez ou outra pode parecer meio dramático. Mas,  diz o filósofo que nem todo o drama é ruim, depende do olhar de quem andeja.

Assim, foi o grande aprendizado de ontem que compartilho com vocês. Escrevi no presente, porque tudo está, também, no ontem e no hoje. Aprendi que gaúchos são aqueles que sentem a coragem de um povo, a gana por desafio e amor por uma tradição de que não tem fim.

Fiquemos com “Adios Nonino” 

 

 

 

Um comentário:

  1. Cássio Murilo Costaterça-feira, 10 maio, 2011

    Tonou-se moeda corrente evocar a frase de Tolstoi sobre o cosmopolitismo da aventura humana “Se queres ser universal começa por pintar a tua aldeia”. Não usarei mais o clichê do russo. A jornalista Ana Luz - e é uma luz mesmo - chega a emocionar, falando dos valores do Rio grande, fala do mundo. Mas ainda há vantagens, e aqui não vai nenhum favor, usa linguagem escorreita, sem cheirar ao mármore de palavras balofas e defuntas, escreve muito bem.
    Qual o seu ofício aqui? Não sei se é crônica, se é exercício de memorialismo, se é conto, auto-ajuda sofisticada, não sei...mas emociona muito a alguém que é dado a escutar milongas, sem ser gaúcho, e gosta de Goethe e não é alemão. É um regalo para as almas leitoras de M. Scliar e de contos gaudérios. Buenas...

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