terça-feira, 7 de junho de 2011

Na hora do mate







Ao cevar o mate reli o Jornal Tradição de cinco de agosto de 1976, ano 1, edição 4. Para aqueles que não sabem, esta pubicação era o veículo de comunicação do Movimento Tradicionalista Gaúcho, sua edição era quinzenal. Trazia rico material, que chamarei de "Arquivo do Tradicionalista".
Compartilho trechos de um lindo texto escrito por Moacir Santana, sobre Guilherme Schultz Filho.


"...não imagino ausente de nós, fora de nosso convívio. Seu gauchismo era um paradigma, um modelo. Todo o bom gauchismo terá alguma coisa de seu temperamento, de sua emoção, de sua crença, da coragem de seu espírito. Hei de imaginar, quando estivermos reunidos sob a inspiração de temas do Rio Grande, nos rodeios da Estância da Poesia Crioula ou nesses Congressos Tradicionalistas a sua presença. Ele estará nalguma cadeira aparentemente sem ocupante. Quando alguém disser um de seus poemas, estarei pressentindo sua presença, seguindo a sequência dos versos, aplaudindo ao fim e agradecendo....Bem, só a riqueza do coração e do espírito que os homens podem ser ricos, Guilherme Schultz Filho era exatamente rico dessas Riquezas..." 





Acredito que aqui estamos de passagem. Contudo, nesta passagem há uma grande escolha a ser feita: ou imagino estar aqui a passeio ou trabalho, com palavras, atitudes e pensamentos pela minha melhora, logo, pela melhora do que comigo vive.

Lá na minha terra, se costuma pensar na hora do mate, refletir, quem sabe, se o tempo das nossas lembranças não for maior que o desejo de vivenciar o hoje, buscando no ontem as experiências, a fim de realmente demonstrar aprendizado.

Como tenho ouvido. "Tenho que fazer a minha reforma". Entretanto, é algo que me pergunto: preciso falar? Ou necessário se faz exemplificar?

 Assim, são os tradicionalistas, alguns sedentos de honrarias, outros lá nos rincões do tempo, como esteios, firmes e fortes, vivem suas vidas ensinado e aprendendo.

Assim é o mundo! Um dia se aprende no outro se ensina. Eterno ciclo!





Guilherme Schultz Filho foi advogado, poeta, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, Estância da Poesia, Diretor do Diário Popular, Presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Antologia da Estância da Poesia Crioula - 1970,
Osório, o legendário - 1970, 
Gesta de um clarim - 1975, 
Rodeio das águas- 1976, 
Galponeiras - 1980, 
Algumas obras de Guilherme


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