segunda-feira, 4 de julho de 2011

De lá para cá







Alguém me disse que “Saudade” é algo ruim. Contudo, compreendo este sentimento como  leve pensamento que nos faz chegar mais perto de tudo o que amamos, respeitamos e vivenciamos. Obviamente que em excesso, como tudo na tropeada da vida, pode causar aprendizados mais fortes, mas sempre, compreensíveis se o coração estiver como água pura da sanga.
Retomemos a “Saudade”. Gostoso sentir o aroma da comidinha da mãe, aquela com os melhores amores e remédios, capazes de curar tudo e todos; adorável perceber que a terra tem cheiro de mato e daquela brisa depois da chuva.
Que felicidade sentir saudade!
Talvez dos chocolates, das tapiocas, dos bolinhos fritos, da música, da dança; enfim, das vozes que falam e sentem a melodia pura e  profunda do coração.
Lembrei-me, então, de André Luiz, um tropeiro da invernada grande: “cada espírito, herdeiro e filho do Pai altíssimo, é um mundo em si com as suas leis e características próprias”.
De fato! Lauro Rodrigues,  alias, versos companheiros de outros tempos, em que minha linda mãe ensinava-me a escrever e a ler, tem razão!
“Saudade;
Coisa esquisita que Deus te faça bendita como a hóstia no altar,
 pois de tudo já tive somente a saudade vive,
vive a me acompanhar”
 

 
Baita companhia que me leva da infância a mocidade, lá onde junto às experiências para reviver minha essência guardada em Luz & Feltrim


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