Em algum momento vários quadros foram plasmados em minha mente. Já em outro escutei melodias. Tentei fazer sinfonias, juntar as notas, como quem ceva o mate despacito, ajeitando bem a erva para sorver lentamente.
Um deles a “Lenda da Panelinha”, da Cruz Alta de mulheres fortes e homens destemidos. Bebi aquela água, como se fosse à mesma oferecida pelo peregrino da boa nova. Senti a alma aquecida, mesmo sabendo que todos têm invernias. Todavia, lá estava ele junto ao portão a me oferecer o baeta vermelha, peguei, juntei ao coração e montei.
Ah! Havia aquele quadro! Ela me falar de perolas, diamantes e tão sabiamente me fazia enxergar o fundo dos olhos. Não parou por ai! Havia cinco-marias. Nelas apareceram seres tão iluminados, luzes de vários matizes ofuscaram meu olhar. Sumiram rapidamente que não consegui perceber suas feições ou talvez nem fossem para serem vistos. Por fim, me vi fora do corpo a olhar a volta “a ilusão e a vida de meus semelhantes”. Claro, junto das minhas também.
Contudo, meu ouvido foi educado pelas lindas educadoras da minha vida para ouvir além do horizonte. Elas tentaram. Mas, não sei de consigo fazê-lo. Tento é verdade! Nesta acústica que elas me ensinaram, há a voz do coração. Diziam elas: “escutar o coração é cuidar de si, amar a si mesmo, quem escuta corretamente vive, quem escuta nobremente existe”
Contudo, sábias mulheres. Vivem uma do lado de cá e outra do lado de lá, a dizer sorrindo... ”Essa menina quando crescer vai aprender. Ela tem ímpeto, quer tudo para ontem” “Como boiada que estoura na saída da mangueira”. Elas têm razão! Acrescento ainda a inquietude, uma vontade de ganhar mundo e desafiar o tempo.
Voltemos aos quadros e as melodias. Preciso ainda treinar mais. Separar cada nota musical, por mais suaves que sejam e tirar delas as experiências necessárias, a fim de andejar quer seja pelo pampa, pela serra, litoral, centro...
Há algo a mais para ser treinado. Montar bem a cavalo, pois quando imaginamos que estamos firmes nos arreios, podemos descuidar, porém devemos ficar na espreita, como o cavalo, sente, precedente, vive tudo com muito cuidado e toca prá frente na hora certa.
Enfim, revi o Alfredo Freitas a me orientar quando está na hora de avançar no partidor, quando se sabe verdadeiramente se o cavalo vencedor ganhou de corpo, orelha ou de Luz. O importante da lição que vivi e aprendi nestas amostragens foi que ganhamos sempre, basta identificarmos a maneira de olhar. Tudo é válido e ganhei de LUZ!
Gracias!!!
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