segunda-feira, 27 de junho de 2011

Avisos para o interior



Hoje resolvi fazer, como os versos de Nilton Ferreira: “ me parei mais quieto”

Trabalhoso compreender a tropeada que cada ser humano se embrenha. Talvez muitos de nós devêssemos matear mais, junto ao fogo de chão, visualizar o fogo e tentar descobrir os seus encantos e mistérios. 






Lembro-me ainda das longas charlas com a minha avó junto ao fogão a lenha, junto aos pães caseiros e junto do coração. 

Mas, recorro, mais uma vez ao poeta: “onde andará?”

Quanto tempo não enviamos uma cartinha ou um bilhete para alguém. Aqueles chasques que lá minha fronteira eram chamados de “Avisos para o Interior”.  Se ouvia a chegada de um ser neste mundo, a partida dele para outras paragens, dos verões, das primaveras e dos invernos. 

Contudo, acredito: “que noite braba lá fora releio versos antigos delatores de outros tempos, nos quais a alma bordava em tecidos de ilusões, sonhos em lindos matizes que pareciam tão fáceis de pateá-los a cavalo”






Havia escrito meu primeiro bilhetinho da semana, porém, o tempo e os quereres não permitiram que eu o entregasse, quem sabe como orienta José Grosso, não era para ser entregue. Um dia  haverá o tempo do parar e verificar que os bilhetinhos são carregados de energias, de paz, vida, de um desejo maior da espiritualidade -  amor fraterno.


Entretanto, de a cavalo sempre, vamos guardando nos peçuelos os bilhetes, as cartas e quem sabe até as palavras......até quando?

Um comentário:

  1. Estas palavras me remete ao um Rio Grande em que não estive presente, mas que colocado desta forma, me faz sentir falta dele mesmo que nunca o tenha vivido!

    Recordei causos de meus avós, onde cujo assunto os faziam derrubar lagrimas ao relembrar o quanto o amor hoje inexistente em muitos aspéctos, ontem fora tão presente.

    Andrius Cruz.

    Andrius Cruz

    ResponderExcluir